terça-feira, 6 de julho de 2010

Esvoaçando

Suicidio repensado, sem faltar qualquer detalhe, na cabeça elaborado, passo a passo, cogitado. Desapego tão brutal de tudo que humano, é na ansiada solução, talvez até ideal, de terminar tudo aquilo que doi por ser tão real. E de o ser realmente, não mental, unicamente, poderá haver outra gente que por aqui passou tambem, algo mais que um reconforto de um fim antecipado. Lúgubre é o pensamento sem mais nada querer ouvir, apenas aquela ânsia, de ir embora, de partir, numa viagem sem fim, sem saber qual o caminho, mal medido, mal pensado, sabendo-o contra a natura, mesmo assim que perdura, terrivel, no pensamento. E em quais asas de condor já se sente a esvoaçar, a amaldiçoar a dor que o levou a voar.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

ESVOAÇANDO

Bem hajas ó gavião, esvoaçando livremente, sentes-te livre e feliz solto do antigamente, olhando à tua volta, sorridente. Há quanto tempo não ías percorrendo o céu imenso olhando bem lá do alto todo o azul tão intenso? Não cobrias com as asas, as presas que encontravas, nem sequer pra teu lamento, te dignavas procurá-las? A primeira que fizes-te, deu-te prazer redobrado, sentiste-te reviver, e queres-te revigorado. Protegê-la sem cessar será o teu pensamento, recuperar o que havias, perdido à tanto tempo. Sentes então sem lamento, que mataste o passdo, que mais não fora um tormento, quanto tempo adiado. Fecha-lhe a porta a ferrolhos, não mais a queiras abrir, sabes muito bem que daí, nada de bom pode vir

segunda-feira, 10 de maio de 2010

LUZ

Bastara um simples klik, um breve lance de olhar, terá sido sificiente para te fazer sonhar. Muito a mêdo no começo, o aspecto descuidado, passados breves instantes fora logo detectado. Sem rodeios nem melindres, logo ali desvendado. Tudo ía acontecendo, sem segredos nem cuidados, a pista ía absorvendo alguns passos mal trocados. Outros já com mais rigor, os corpos aconchegados, já saindo ao ouvido palavras de algum calor. Assim lá foi todo o tempo, passado em cofidências, de alguns segredos guardados, que nesses breves momentos, mais pareceram partilhados, por alguem que quer ouvir-te e, que em si tambem guarda outros tantos como os teus. Afinal, não és só tu, há sempre um alguem, um outro, que te encontra e que te ve te comprende e não se importa de te ir entreabrindo, tambem ela a sua porta.

sábado, 8 de maio de 2010

OLHAR

Soubesse eu passar aqui o que me vai no pensamento, toda a explosão de ideias que me ocorrem no momento. Sentiria despejar o atafulhado baú, esvaziar ou remover, apagar, sentir, morrer, tanta coisa que não presta mas que ainda me persegue me acorrenta e faz sofrer. O delete desejado, por ver enfim apagado tudo aquilo que hoje é, uma sombra do passado. Não mais pensar no que fora e jamais poderá ser, deitar fora o que não presta, não interessa, incomoda e, olhar para o além, fixar o horizonte, perto ou longe não importa. Por ver ondas regressar, em ritmo cadenciado não poderei imaginar, que aquilo que já foi possa um dia regressar. Se o merecer, quem sabe um dia, poderei voltar a olhar, e com rasgos de alegria, poder, então, enfim, ... sonhar.!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

ESVOAÇANDO

Pássaro ferido que voas, chumbado na tua asa, vais esquecendo as dores, pesadeêos e terpores esperarando chegar a a casa. Não te ajuda grande coisa, o mal não te vai passar,  acabrunhado num canto com a febre a delirar, mas enquanto tiveres força hás-de querer sempre voar. O céu é a tua vida, é lá que tu queres viver, na terra, por muito tempo, tira-te aquilo que és, hás-de preferir morrer. Enquanto tiveres, porém, força que do ninho te arranque, mesmo de sasa partida hás-de andar para diante, em vo-os mal amanhados desconjuntados até, vais tentando a tua sorte, tornando sempre mais loge, cada vez a certa morte. Enquanto força tiveres, não irás esmorecer, lutarás contra a má sorte, que te quererá vencer, fazer-te cambalear na terra dura do chão, euquanto tu irás dizendo: - ainda é cêdo, agora não

segunda-feira, 26 de abril de 2010

MALDIÇÃO

Creias ou não, naquilo que acontece, haverá sempre outro poder ou talvez a maldição, que por vezes te embrutece te atascanha te remoe, te desmerece e te leva a pensar que, a culpa que ninguem quer não a possas esconjurar, por no passado haveres tido algo mau a censurar. Por não teres feito somente aquilo que deverias ou feito talvez demais, em loucas cogitações, ansiadas e pedidas, a Deus, com ambas as mãos. Será por isso, não sabes, nem nunca o irás saber, mas não te sai da cabeça que pode muito bem ser.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

DE LESTE

Nos Caminhos percorridos na imensidão do vento, sentes os passos perdidos na procura dos sentidos que te roubaram o alento. Vislumbras então sem querer que algo se aproxima, devagar devagarinho, tão quieto, de mansinho, trazer-te a vida perdida e que julgavas já não ter. Levantas assim a cabeça, olhas para todo lado e vês que já não estás sózinho, encontras-te acompanhado, pela vida que ainda tens pelo sangue que ainda corre e talvez por mais alguem que pelo canto do olho de mansinho ainda te olhe. Sentes-te revigorar, olhas mais longe que outrora e começas a olhar para o que se passa lá fora, lá longe do teu casulo onde te fos-te embrenhar.